
Judite Canha Fernandes nasceu no Funchal e aos oito anos foi viver para Ponta Delgada (Azores), onde cresceu.
É escritora, performer, curinga [teatro d@ oprimid@], feminista, bibliotecária, ativista, mãe, investigadora, sem nenhuma ordem em especial. Gosta de coisas muito diferentes e é algo avessa à ordem, como se intui. Foi representante da Europa no Comité Internacional da Marcha Mundial das Mulheres entre 2010 e 2016. Deu conferências e palestras um pouco por todo o mundo nas temáticas relativas a género e feminismos, e sempre que a convidaram para assim conversar fez o melhor que pôde.
É doutorada em Ciência da Informação, licenciada em Ciências do Meio Aquático, pós-graduada em Ciências Documentais, Biblioteca e Arquivo e procura agora iniciar um pós-doutoramento em Estudos Literários.
É autora de Cal (com Luís Roque, Edição MUU – Produções Culturais, banda desenhada, 2003-2006); Abraçando o lastro e Penumbr@ (Edição Burra de milho, poesia, 2008) – Prémio Labjovem; O complexo das fadas (Edição NEO, conto, 2008), M. a sede dos outros (Edição Descalças cooperativa cultural, teatro, 2011), Bemóis e bicharocos (literatura para as infâncias/histórias para composição musical, com Teresa Gentil, 2012); Um passo para sul (romance, inédito, 2015) – Bolsa Criar Lusofonia e Menção honrosa Prémio Literário Dias de Melo; Laura (poesia, 2016) – Antologia Luso-Brasileira Ruth Campos; Curtíssimas (Editora Kazuá, conto, 2017, São Paulo) – Prémio Nacional Editora Kazuá – Brasil; Caderno de música (inédito, poesia, 2016) – Menção honrosa Prémio nacional de conto – Brasil; O mais difícil do capitalismo é encontrar o sítio onde pôr as bombas (Editora Urutau, São Paulo, 2017); A fúria da loiça da china (Editora Urutau, São Paulo, 2018).
Como dramaturga e performer, textos ou criações suas estiveram em cena em espaços como a Fábrica das Artes – Centro Cultural de Belém, Casa da Música, Casa da Achada, Museu de Arte Contemporânea, Teatro Universitário de Coimbra, Teatro Micaelense, Teatro A Comuna, Teatro de Bragança, Arquipélago-Centro de Artes Contemporâneas, Teatro Passagem de Nível, Festival Temp ’Images, Festival Condomínio, Festival internacional Arte e Política Reloaded, FestivalAtlântico de Teatro Pequeno, Festival MusicAtlântico.
Desenvolve e cria regularmente oficinas em torno do teatro do oprimido, da performance, do corpo e da “descompressão da voz”.
Lista de coisas que se podem obter sem dinheiro
imaginação
ar
sonhos
lixo
afecto
dignidade
e orgasmosSíntese
fui à televisão ver
se o mundo tinha mudado.
assisti a vinte minutos de publicidadeOlhamos por si
as novas formas de deus
incluem
a videovigilânciaJudite Canha Fernandes (de O mais difícil do capitalismo é encontrar sítios onde pôr bombas. Ed. Urutau, 2017)
One thought on “Judite Canha Fernandes”